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Sobre o fluir da vida: A espantosa realidade das coisas

A espantosa realidade das coisas

É a minha descoberta de todos os dias.

Cada coisa é o que é,

E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,

E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.

Hei-de escrever muitos mais, naturalmente.

Cada poema meu diz isto,

E todos os meus poemas são diferentes,

Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.

Não me ponho a pensar se ela sente.

Não me perco a chamar-lhe minha irmã.

Mas gosto dela por ela ser uma pedra,

Gosto dela porque ela não sente nada,

Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,

E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;

Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço,

Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;

Porque o penso sem pensamentos,

Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,

E eu admirei-me, porque não julgava

Que se me pudesse chamar qualquer coisa.

Eu nem sequer sou poeta: vejo.

Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:

O valor está ali, nos meus versos.

Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.

Alberto Caeiro

Esse belíssimo poema de Fernando Pessoa nos convida a refletir sobre o valor das coisas e como esses sentidos (ou a falta deles) interferem em quem somos e no que sentimos. Cada coisa é o que é, mas algumas coisas são mais difíceis, mais sofridas, mais complexas de aceitar e ressignificar. É bonito ver a vida existir por si só e apenas participar do espetáculo, mas, algumas emoções pedem pelo nosso controle.

Você já se sentiu preso entre a necessidade de controle e o desejo de deixar as coisas fluírem? Muitas vezes nos sentimos ansiosos em meio a esse conflito e quando não sabemos o que escolher, terminamos o dia exaustos e mais ansiosos.

Então como se faz isso de deixar tudo fluir e quando devemos deixar que isso nos guie?

A compreensão de quem somos e de como as nossas histórias estão conectadas com o controle de certas memórias e emoções pode ser o início para esse processo de aceitação, perdão e empoderamento. Para que encontremos o nosso próprio valor precisamos antes de mais, olhar para dentro e valorizar tudo que nos moldou e nos trouxe até esse momento.

Você está preparado(a) para essa viagem?

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